76 resultados para Síndrome metabólica Teses

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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O Diabetes Mellitus uma síndrome metabólica caracterizada por hiperglicemia crnica e, esta por sua vez, contribui para o desenvolvimento das complicaes secundrias freqentemente observadas nos pacientes diabeticos. O estresse oxidativo decorrente dessa hiperglicemia um dos principais fatores envolvidos na fisiopatologia dessas complicaes. Vrios estudos comprovam o efeito nocivo in vivo e in vitro de concentraes altas de glicose sobre diferentes tecidos e rgos. Enzimas sulfidrlicas como -aminolevulinato desidratase (-ALAD), lactato desidrogenase (LDH) e succinato desidrogenase (SDH), so altamente sensveis a elementos pr-oxidantes. Uma freqente coexistncia entre Diabetes mellitus e porfiria tem sido observada em humanos e em animais experimentais, o que pode estar ligado inibio da -ALA-D observada em diabticos. Este estudo tem como objetivos induzir estresse oxidativo in vivo com exerccio fsico intenso ou dieta contendo altos nveis de sacarose e in vitro e com altas concentraes de acares redures e avaliar seus efeitos sobre os nveis de lipoperoxidao, fragilidade osmtica dos eritrcitos, atividade de enzimas antioxidantes (catalase e superxido dismutase) e enzimas sulfidrlicas (-ALA-D, LDH e SDH), verificar o efeito de um antioxidante seleno-orgnico (ebselen) e a suplementao de selnio sobre a atividade destas enzimas, bem como avaliar o possvel papel teraputico do ebselen sobre a fragilidade osmtica dos eritrcitos. Os resultados obtidos neste estudo demonstram que eritrcitos de pessoas com diabetes descontrolado so mais sensveis ao choque osmtico que eritrcitos de pacientes com diabetes controlado e eritrcitos de pessoas saudveis. Alm disso, uma funo protetora do ebselen contra a fragilidade osmtica, indica que eritrcitos de pessoas com diabetes descontrolada esto expostos a um aumento na produo de radicais livres in vivo. O ebselen tambm apresentou propriedade de inibir a glicao in vitro. O exerccio fsico intenso associado deficincia de selnio, capaz de diminuir a atividade das enzimas sulfidrlicas. No entanto, exerccio fsico moderado de menor intensidade melhora a sencibilidade insulina em camundongos com resistncia insulina, previne contra fatores nocivos comumente encontrados no diabetes como ganho de peso corporal e acmulo de gordura abdominal no capaz de afetar atividade da -ALA-D. Atravs dos 2 modelos experimentais utilizados, modelo de induo de peroxidao lipdica em eritrcitos incubados com concentraes elevadas de acares redutores in vitro e modelo de induo de resistncia insulina em animais treinados e sedentrios, pode-se concluir que: A incubao de eritrcitos in vitro com altas concentraes de glicose ou frutose leva a um aumento na lipoperoxidao e contribui para a diminuio da atividade de enzimas tilicas provavelmente por oxidao dos seus grupos SH. O exerccio fsico associado com baixos nveis de selnio na dieta prejudica a atividade de enzimas tilicas como -ALA-D e SDH. O exerccio fsico de intensidade moderada aumenta a sensibilidade insulina em camundongos com resistncia insulina induzida pela dieta com sacarose e previne contra o ganho de peso corporal e aumento do ndice de gordura abdominal.

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A desnutrio protica provoca efeitos deletrios sobre o metabolismo, principalmente quando imposta em perodos de crescimento e desenvolvimento corporal, em decorrncia de alteraes bioqumicas e hormonais. Muitos estudos, utilizando modelos de desnutrio materna, sugerem uma srie de adaptaes bioqumicas nos filhotes, cujas repercusses na vida adulta podem tornar-se importantes fatores de risco para doenas como Diabetes mellitus tipo ll, hipertenso e doena coronariana. Neste trabalho investigamos os efeitos da desnutrio protica imposta nos perodos pr-gestacional - gestacional - lactacional, bem como nos perodos gestacional e lactacional sobre alguns parmetros do metabolismo heptico, cerebelar e perfil lipdico plasmtico de ratos Wistar de 21 dias de idade. Os animais desnutridos (dieta: 7% de casena) foram divididos em trs grupos: a) pr-gestacional, gestacional e lactacional (grupo denominado PGGL); b) gestacional e lactacional em cuja dieta foi adicionada metionina (denominado GL(+)M); c) gestacional e lactacional sem adio de metionina dieta (denominado GL(-)M) e d) grupo controle (dieta: 25 % casena). Os pesos corporais dos filhotes foram verificados no 1, 7, 14 e 21 dias aps o nascimento e o peso do fgado, crebro e cerebelo apenas no 21 dia de vida ps-natal. Observamos que os ratos desnutridos apresentaram menor peso corporal aps o primeiro dia do nascimento. Aos 21 dias os ratos do grupo PGGL e do grupo GL(+)M no apresentaram diferena de peso entre si, contudo apresentaram peso inferior ao do grupo controle. O grupo GL(-)M apresentou uma diminuio ponderal em todos os parmetros avaliados. Hipoglicemia e hipoalbuminemia foram observadas em todos os grupos de ratos desnutridos. A concentrao de DNA cerebelar de ratos do grupo GL(-)M foi superior observada em todos os outros grupos; no entanto, nestes animais a concentrao cerebelar de protenas foi inferior aos demais grupos experimentais. No fgado, a concentrao de DNA dos grupos PGGL e GL(+)M no diferiu do controle, enquanto o grupo GL(-)M apresentou os menores valores A concentrao de protenas hepticas no grupo controle e no grupo GL(+)M foi semelhante, porm superior observada nos grupos PGGL e GL(-)M. A concentrao heptica de glicognio foi superior nos ratos do grupo PGGL, sendo que nos dois outros grupos de animais desnutridos foi inferior ao controle, porm no se observou diferena entre eles. Todos os grupos desnutridos apresentaram maior concentrao heptica de colesterol, sendo o maior valor encontrado no grupo GL(+)M. Os grupos PGGL e GL(+)M apresentaram os maiores valores de triglicerdeos hepticos e o grupo GL(-)M, o menor valor. No plasma, a maior concentrao de colesterol, HDL-c e LDL-c foi observada no grupo PGGL, enquanto que a concentrao de triglicerdeos do grupo GL(-)M foi superior aos dois outros grupos de animais desnutridos e no diferiu do controle. Os resultados obtidos sugerem que os animais expostos desnutrio protica nos perodos de desenvolvimento podem, na vida adulta, apresentar fatores de risco para vrias doenas crnico-degenerativas relacionadas com a Síndrome Metabólica.

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Hipertrofia ventricular esquerda um importante fator de risco em doena cardiovascular e pode ser responsvel por parte do elevado risco cardiovascular associado a diabetes. Apesar de que o estresse hemodinmico seja classicamente indicado como causa da injria miocrdica que leva ao remodelamento, a injria associada aos fatores neuro-humorais e a sinalizao celular atravs da ativao imuno-inflamatria tambm desempenham um papel, acompanhando os mecanismos recentemente descritos na síndrome metabólica, particularmente na obesidade, onde a ativao do sistema imune inato leva a uma resposta inadequada crnica mediada por citocinas em diversos sistemas corpreos. A ecocardiografia tem sido usada para identificar anormalidades da estrutura cardaca, porm, variaes metodolgicas e os diversos ajustes para os determinantes da massa ventricular como idade, sexo, tamanho corporal e outros correlatos clnicos so motivo de debate, assim como a definio dos estados de anormalidade, tanto para hipertrofia ventricular esquerda, como para outras medidas da estrutura ventricular. Em uma amostra populacional de 1479 Afro- Americanos do Estudo ARIC, investigamos de forma estratificada e multivariada as associaes independentes entre diabetes e as alteraes estruturais do ventrculo esquerdo, definidas por hipertrofia ventricular, aumento da espessura relativa e padres geomtricos anormais. Encontramos prevalncias elevadas dea alteraes estruturais nos indivduos com diabetes. Diabetes associou-se com hipertrofia ventricular em ambos os sexos e com espessura parietal aumentada e padres geomtricos anormais nas mulheres. Na maior parte dos modelos, as associaes com diabetes foram minimizadas com os ajustes para obesidade, sugerindo que o impacto da obesidade sobre as alteraes estruturais vistas em diabetes pode ser mediado por fatores outros do que a hiperglicemia. Essas novas evidncias esto em sintonia com o conhecimento contemporneo descrito.

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Fatores genticos e ambientais so apontados como fatores causais para explicar as diferenas no desenvolvimento de problemas de sade entre grupos tnicos. O conceito de raa/etnia definido, assim como as indicaes de seu uso. Diabetes melito (DM) como um estado de doena com uma marcada variabilidade tnico-racial utilizado como exemplo de anlise. Atravs de estudo transversal avaliou-se a prevalncia das complicaes vasculares em uma amostra de pacientes com DM tipo 2. Um total de 864 pacientes, incluindo 656 brancos, 104 mulatos e 104 pretos, classificados por auto-definio, foram avaliados atravs de protocolo padro para doena arterial coronariana (DAC), doena vascular perifrica (DVP), acidente vascular cerebral (AVC), retinopatia diabtica (RD), nefropatia diabtica (ND) e neuropatia diabtica sensrio-motora distal (NSMD). Pacientes brancos e mulatos eram mais velhos que os pacientes pretos (61,0 9,3 vs. 60,1 10,3 vs. 56,0 10,3 anos; P <0,001), embora o tempo de durao do DM fosse semelhante entre os grupos (14,8 8,2 vs. 14,2 6,7 vs. 13,3 7,0 anos; P = 0,169). Parmetros antropomtricos (ndice de massa corporal e medida da cintura), prevalncia de síndrome metabólica, hipertenso arterial sistmica, nveis de hemoglobina glicada, tambm foram similares entre os grupos. Em relao s complicaes crnicas do DM, brancos, mulatos e pretos apresentaram-se com uma prevalncia similar de DVP, AVC e NSMD. Mulatos e pretos, quando comparados com brancos, apresentaram uma maior prevalncia de DAC (45,4% vs. 60,4% vs. 39,2% ; P=0,004). As prevalncias de microalbuminria (22,4%, 21,2 e 22,1%; P= 0,906) e macroalbuminuria (16,2%, 19,2% and 13,5%; P= 0,915) foram similares entre os grupos. Doena renal avanada (dilise) (9% vs. 8,7% vs. 18,3%; P=0,012) e RDP (21,5% vs. 15,4% vs. 34,6%; P=0,005) foram mais freqentes em pretos. Estas diferenas se mantiveram aps ajustes para possveis fatores de confuso. Concluindo, em pacientes com DM tipo 2 com o mesmo tipo de assistncia mdica, controle pressrico e metablico, foi observada uma prevalncia maior de DAC, RDP e doena renal avanada em pacientes pretos. Os mecanismos pelos quais estas diferenas ocorrem no so claros e componentes genticos e/ou ambientais devem ser melhor explorados. Entretanto, at que este melhor entendimento seja disponvel, uma abordagem mais agressiva na avaliao e manejo dos fatores de risco para as complicaes do DM nos indivduos pretos deve ser pensada.

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Introduo: A incidncia da doena arterial coronria uma das principais causas de morbidade e motalidade em diversos pases e o estudo dos fatores de risco tm grande importncia na preveno e no tratamento dessa enfermidade. Entre outros fatores, a obesidade e a obesidade abdominal tm sido associadas com a maior incidncia de DAC. A ingesto diria de nutrientes tambm pode estar relacionada com essa doena, porm, uma vez que a alimentao complexa e contm diversos nutrientes, ainda no foi possvel elucidar o impacto da alimentao no risco de desenvolver a doena arterial coronria. Objetivo: Avaliar a relao entre o consumo alimentar dirio, a presena de obesidade abdominal e achados angiogrficos de obstruo arterial em pacientes portadores de cardiopatia isqumica, submetidos a cateterismo cardaco. Mtodos: Foi realizado um estudo transversal, com 284 pacientes submetidos a cateterismo cardaco, da unidade de hemodinmica de um hospital universitrio. Foi avaliada a RCQ, o IMC, a ingesto alimentar diria atravs de um inqurito nutricional, a anlise bioqumica do sangue e a avaliao do laudo do cateterismo cardaco. Resultados: Dos pacientes avaliados, 172 indivduos (60,6%) apresentavam alteraes em uma ou mais artrias coronrias. A ingesto mdia diria de calorias foi de 2450,56 Kcal/dia. O consumo de protenas foi em mdia 1,66 g/Kg/dia, de carboidratos foi de 3,83 g/Kg/dia e de lipdeos foi de 1,21 g/Kg/dia. A idade, o sexo masculino, os nveis sricos de triglicerdeos, o consumo de lcool e a glicemia em jejum foram estatisticamente significativos na anlise multivariada. Concluso: Nos pacientes avaliados, o consumo dirio de calorias encontra-se adequado, porm a ingesto de protenas, carboidratos e lipdeos esto inadequados. Em relao aos fatores de risco para DAC, as mulheres apresentaram maior associao para desenvolver a síndrome metabólica do que os homens.

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